Não Corra em Bando
fevereiro 07, 2011
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Thiago
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O texto que vocês vão ler agora não é de minha autoria, esse texto é do Bruno Melo da liga IVR, para quem quiser conhecer a liga e ler mais texto do Bruno Melo é só acessar http://www.ligaivr.com. Vamos ao texto.
"Eu sou parte de uma equipe. Então, quando venço, não sou eu apenas quem vence. De certa forma, termino o trabalho de um grupo enorme de pessoas." Ayrton Senna
Estamos nos aproximando do início de mais uma temporada. Quais são seus planos para este ano? Brigar por títulos? Ser mais competitivo e andar próximo do pelotão da frente? Evitar acidentes e terminar o maior número de corridas?
Bom... Todos nós, inevitavelmente, nesta época, criamos expectativas em nossas “cucas”, imaginando uma temporada melhor, de preferência com resultados bem satisfatórios. Porém, o melhor a fazer é sermos sempre realistas. Entender que tudo é um processo gradual e inevitável do caminho chamado aprendizagem. O anseio de querer “voar alto”, no entanto, é um direito e uma idealização de todos nós. É uma utopia capital para quem gosta de competição. Um poderoso aliado para se manter motivado.
Mas talvez você me pergunte: “Tá. Mas qual caminho devo seguir para evoluir e obter o melhor desempenho? Ir para pista e aumentar minha quilometragem?”
Sim. Isso é primordial, sem dúvida. Porém, quando tratamos de competição, existe um elemento fundamental capaz de elevar o nosso desempenho e nos manter motivados durante um campeonato. Estou falando da EQUIPE.
Muitos não gostam. Alguns, ainda iniciantes no Automobilismo Virtual (A.V.), estão na fase de conhecer novas pessoas e criar vínculos. Outros são tímidos e preferem o contato apenas através dos fóruns, comunicadores instântaneos etc. Existem, também, aqueles que acham que equipe atrapalha ou que é apenas “panelinha” com nome definido.
Há casos ainda em que pilotos integrados a equipes “formalmente” estabelecidas - com nome, pintura, site etc - não conseguem render o que poderiam e, com o tempo, não veem benefício algum em se manter ali. Isso acontece porque, em inumeráveis situações, as pessoas não trabalham em equipe, mas em grupo. E existe uma grande diferença entre uma coisa e outra. Uma equipe sempre será um grupo, mas nem sempre um grupo será uma equipe.
Várias pessoas reunidas por afinidades ou oportunidades iguais em busca de um objetivo em comum e do melhor rendimento individual são? Um grupo. Já uma equipe pode ser formada por essas mesmas pessoas, com os mesmos objetivos, todavia galgando metas coletivas. A psicóloga e consultara esportiva Suzy Fleury faz uma ótima analogia sobre isso: “Grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já equipe pode ser o elenco do filme: Todos trabalham juntos para atingir uma meta específica, que é fazer um bom trabalho, um bom filme”.
Quando em qualquer organização de trabalho isso acontece, a tendência é que o resultado vá além daquilo que foi programado. E isso é exatamente a essência daquilo que tanto buscamos. A evolução.
Apesar de o automobilismo ser, na maioria dos casos, um esporte individual, o fator equipe faz muita diferença. No real é fundamental. No virtual, acredite, também é. A diferença é que no real, muitas vezes, os pilotos têm seus próprios mecânicos, engenheiros, assessores, uma carrreira particular etc. Já no A.V., quem mais poderá contribuir com você será o seu próprio companheiro. Exatamente a pessoa que poderá dividir uma curva com contigo hoje e ocupar um degrau mais alto no pódio que você amanhã será aquele que o ajudará a ganhar um campeonato qualquer dia desses.
Um trabalho bem feito dentro e fora das pistas faz muita diferença em circuitos mistos. Nos circuitos ovais, como diria um amigo: “Viiiixe”!
O compartilhamento de informações sobre as características de uma pista, de um determinado carro, a construção coletiva de um bom setup e a análise conjunta dos adversários é de uma importância quase indescritível. Partilhar conhecimento não significa tê-los subtraídos por alguém. Crescemos junto com quem aprende. Não existe professor sem ser aluno ao mesmo tempo.
Percebo um lamentável comportamento muito comum entre nós competidores. Ao conseguirmos um bom resultado, ficamos exaltados, confiantes em nós mesmos, mas, em muitos casos, nos esquecemos das informações fundamentais que recebemos de um companheiro durante toda a semana de treinos. Um ponto de pressão aerodinâmica que alguém sugeriu que você alterasse durante os treinos pode ter feito uma diferença abissal durante uma prova. E isso é muito mais comum do que parece.
Conheço muitos pilotos no A.V. que estariam em um patamar muito superior se não pecassem pelo individualismo. Conheço outros tantos que já vislumbro um caminho promissor pela frente por trabalharem bem em equipe. Alguns, mesmo sem perceber, já pararam no tempo, porque acham que não precisam de ninguém. Quem trabalha isoladamente e acredita que é capaz de tudo sozinho, geralmente, confia ser o dono de todas as verdades, situação de extremo risco em qualquer atividade da vida
E sobre o aspecto negócio... Assim como a organização é um fator vital no automobilismo real, no virtual isso não muda. Hoje, uma empresa disposta a investir no A.V. encontrará motivos para isso justamente diante de uma equipe estruturada, que preza pela coordenação, visão de mercado, bom relacionamento interpessoal, credibilidade e, sobretudo, formada por pilotos atentos a todas essas questões. E não há nada mais motivador para um piloto do que saber que existe gente acreditanto nele.
Mas, claro, jamais perca o lado lúdico disso tudo. Se divirta antes de qualquer coisa, seja sincero até para sorrir e aproveite para fazer boas amizades.
E já que hoje iniciei esse texto com uma citação de um gênio, nada mais justo do que terminar com outra tão boa de outro tão bom:
“Com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligência ganhamos campeonatos.” Michael Jordan
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